Cultural e Religioso

 

Santuário de Nossa Senhora do Alívio

O Santuário de Nossa Senhora do Alívio é um dos mais conhecidos e requisitados centros de peregrinação de Portugal, atraindo anualmente milhares de visitantes à freguesia de Soutelo. Em excursões ou em transporte individual, em grupos extensos ou com amigos/familiares próximos, os peregrinos chegam de todos os pontos do país para prestar a sua devoção num local de culto de rara beleza. Localizado na lateral do Santuário, o parque de merendas densamente arborizado garante sombras extensas e proporciona a soutelenses e visitantes excelentes momentos de lazer. O Santuário inclui também a Casa das Estampas (vulgo Casa das Promessas) onde podemos ver a imensidão de graças obtidas por intercessão de Nossa Senhora do Alívio, entre as quais se destacam quatro peles de jiboias; a mais antiga foi oferecida em 1818 por um devoto residente no Brasil. Nas traseira do Santuário do Alívio podemos encontrar um Fontanário, datado de 1813, que além de embelezar o espaço também era um ponto de água utilizado por peregrinos e habitantes locais. O templo regista particular afluência no segundo e terceiro Domingo de Setembro, por altura das Grande Romarias em Honra de Nossa Senhora do Alívio, uma peregrinação que traz ao Alívio todas as paróquias do Arciprestado de Vila Verde e inúmeros visitantes. Recentemente, o Santuário do Alívio e a zona circundante foram alvo de intervenções de requalificação, ficando ainda mais aprazíveis para os visitantes.
 

Casa do Conhecimento

A Casa do Conhecimento permite o acesso às tecnologias da informação no contexto da Sociedade da Informação numa lógica inclusiva, disponibilizando um conjunto de serviços que possibilitam o acesso a tecnologias aplicadas em contextos do quotidiano, contribuindo desta forma para fomentar a inclusão digital e social. Tendo como missão promover o conhecimento, a criatividade e a inovação, criando condições de igualdade no acesso às tecnologias digitais. A Casa do Conhecimento tem como objectivo primordial a inclusão digital das populações na Sociedade da Informação e o reforço das suas competências e qualificações, num espaço de criatividade e inovação para o desenvolvimento e experimentação de tecnologia.
 

Sé de Braga

Lembramos que Braga, e, mais concretamente a sua Catedral, se situa no ponto de passagem, que une, especialmente, o Santuário de Fátima a Santiago de Compostela. Ao longo do ano, a Catedral de Braga, acolhe muitos grupos de peregrinos provenientes do mundo inteiro. Muitos destes grupos pedem para realizar a sua celebração na Catedral. Podem fazê-lo na igreja principal ou, dependendo do número de peregrinos, na Capela da Piedade. Os grupos que, de forma particular, querem celebrar uma Eucaristia na Catedral terão que contactar previamente os serviços da Catedral para fazer a marcação. As colecções do Tesouro-Museu da Sé de Braga testemunham, no seu conjunto, mais de XV séculos da história da Arte e da vida da Igreja em Braga. Detém um valioso acervo constituído pelas colecções de Ourivesaria, Escultura, Pintura, Têxtil, Mobiliário, Cerâmica, assim como, todo um conjunto de objectos ligados ao culto católico. A Exposição Permanente, Raízes de Eternidade. Jesus Cristo – Uma Igreja, consagrada à arte sacra, permite, através dos diferentes núcleos, revisitar a vida de Jesus Cristo e a história da Igreja em Braga. Esta é contada tomando como referência alguns arcebispos, desde o século V até ao século XX. A narração é complementada com os núcleos dedicados à paramentaria e ourivesaria.
 

Santuário do Sameiro

O Santuário de Nossa Senhora do Sameiro está localizado na freguesia de Espinho, em Braga. A sua história remonta a 14 de junho de 1863 quando o Padre Martinho António Pereira da Silva, vigário da cidade, iniciou a sua construção. É hoje o segundo maior centro de devoção mariana em Portugal, pelo que é local de visita obrigatória na capital minhota. O monumental Santuário do Sameiro, de estilo neoclássico, teve origem quando, em 1863, o padre bracarense Martinho da Silva teve a iniciativa de “lançar” a primeira pedra no cimo do monte para a construção de um pedestal para colocar uma estátua de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, por quem tinha grande devoção. Contudo, à medida que a afluência de peregrinos ia aumentando, tornou-se necessária a construção de algo mais expressivo do que o pedestal existente. Assim, em 1870, ergueu-se uma capela no local com 30 metros de comprimento e 18 de largura. Porém, rapidamente essa capela se revelou desajustada para a grande quantidade de pessoas que a visitavam e, por essa razão, em 1890, iniciou-se a construção da atual Basílica. As obras demoraram vários anos e só terminaram em 1953. Não obstante, nos anos 70, houve a necessidade de aumentar o espaço, construindo-se uma Cripta no subsolo. Assim sendo, do conjunto monumental do Santuário do Sameiro destacam-se: Basílica Construída em forma de cruz latina, onde sobressaem o zimbório e duas torres que contêm o carrilhão de sinos. No interior existe um artístico sacrário em prata cinzelada de 1,32 metros e uma imagem de Nossa Senhora com uma coroa de 2,5 quilogramas em ouro maciço. Esta imagem é obra do escultor Eugénio Maccagnani e foi trazida de Roma em 1880, tendo sido benzida pelo Papa Pio IX. Destacam-se lateralmente ao altar-mor, os altares do Sagrado Coração de Jesus e de São José. Este Templo é rodeado por um parque arborizado, jardins, cruzeiro, fontes, capela de ex-votos e edifícios de apoio ao Santuário, como a Casa das Estampas, os Ecos do Sameiro – jornal informativo do Santuário -, a Casa do Reitor, um restaurante e as instalações sanitárias para os visitantes e peregrinos. Sobressai ainda, o Pórtico dos Doutores, constituído por quatro esculturas representando os doutores da Igreja: Santo António de Lisboa, Santo Afonso Maria de Ligório, São João de Claraval e São Cirilo de Alexandria. Praças e os Jardins Para nascente corre uma ampla avenida que termina numa rotunda panorâmica, dominada por um enorme cruzeiro. O Santuário do Sameiro é também “abençoado” no que toca à promoção do contacto com a Natureza. É frequente ver-se muitos desportistas nas imediações da Basílica a aproveitarem as grandes áreas que o parque oferece para levarem a cabo as suas atividades físicas, junto dos jardins geométricos ou das árvores esguias que por lá se encontram. Cripta Inaugurada a 17 de Junho de 1979, escavada no subsolo da Basílica, destina-se a abrigar os peregrinos que afluem ao Santuário em grande número e em datas especiais. Escadaria Em frente à Cripta, estende-se um imponente escadório, com 265 degraus, que termina na estrada que nos conduz ao Bom Jesus e fornece uma das melhores vistas sobre a cidade. Neste local existem dois altos pedestais em granito, de 20 metros de altura cada, que suportam no topo as representações da Virgem Maria e do Sagrado Coração de Jesus
 

Bom Jesus do Monte

Fonte de inspiração, com destacadas tentativas de repetição em algumas partes do mundo, o Bom Jesus do Monte confirma a sua vocação para elevar a humanidade à sua sublimidade. Aqui, onde a arte obtém um casamento perfeito com a natureza, a humanidade atinge a sua plenitude. Aqui, onde a devoção dá lugar, cada vez mais, a um interesse artístico e turístico crescentes, localiza-se um fenómeno inevitável da história de uma gente, um tal estilo à parte que deve consagrar o Bom Jesus como património para toda a humanidade. A tradição secular da peregrinação, como testemunho de fé, está presente na história das religiões, em muitas culturas (hindu, judaica, muçulmana, cristã), em muitos destinos de peregrinação (Jerusalém, Roma, Santiago de Compostela, Bom Jesus do Monte). O monte sagrado, depois de Itália, espalhou-se por outras áreas da Europa, Portugal, Suíça, Áustria, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Checoslováquia e casos esporádicos na Hungria, Turquia, Rússia e Iugoslávia. A montanha sagrada do Bom Jesus do Monte, em Braga, cujas raízes remontam ao século XIV, desenvolve-se a partir dos finais da Idade Média, quando emergem os primeiros movimentos de peregrinação, devoção e culto, evocando a Nova Jerusalém. Neste caminhar, o sacro monte, como polo significativo de arquitetura sacra, passa, sinteticamente, por 3 fases: – o tempo das ermidas, desde o século XIV até 1629, onde sobressaem D. Jorge da Costa II e D. João da Guarda; – o tempo da impregnação da devoção à Santa Cruz, desde 1629 até 1723, onde a constituição da Confraria do Bom Jesus do Monte ganha um papel determinante na definição do rumo da estância; – o tempo da implementação da Via-Crucis, desde 1723 até à atualidade, em que o Presidente da Confraria D. Rodrigo de Moura Teles lança um ousado projeto e inicia a construção da estrutura do complexo atual, o mais monumental sacro monte da Santa Cruz em Portugal, evocativo do caminho doloroso do calvário, traduzido no Pórtico, Escadório, Capelas, Fontenários, Estatuária e Templo, não obstante serem introduzidos, ao longo do tempo, melhoramentos, reformas e significativas alterações em sintonia com os gostos artísticos do momento. Aqui, onde o visitante é inevitavelmente conduzido a um patamar que transcende a sua própria existência, aqui, onde a arte obtém um casamento perfeito com a natureza, aqui, nesta dialética dos dois mundos (o natural e o construído), ficamos cativados pela sua globalidade, pela simbiose entre a «expressão da natureza» e a «intervenção humana», considerado agora como Património Mundial da Humanidade.
 

PAÇO DOS DUQUES

O Paço dos Duques foi mandado construir pelo oitavo Conde de Barcelos (e, mais tarde, primeiro Duque de Bragança), D. Afonso, filho ilegítimo do rei D. João I e D. Inês Pires Esteves. A sua construção decorreu entre 1420 e 1433. Apesar de ilegítimo, D. Afonso recebeu sempre o apoio do pai, D. João I, fundador da dinastia de Avis, que lhe fez extensas doações. Em 1401 D. Afonso casou-se com D. Beatriz, filha do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, data a partir da qual passa a ostentar o título de oitavo Conde de Barcelos. A construção do Paço ter-se-á iniciado por volta de 1420, aquando do segundo casamento de D. Afonso com D. Constança de Noronha, filha do Conde de Gijón. D. Afonso viajou pela Europa em compromissos diplomáticos e por iniciativa pessoal. Esteve em Inglaterra, Escócia, Espanha, França e Itália, tendo também participado em campanhas militares em Ceuta. Estas viagens influenciaram seguramente o seu modo de ver o mundo e de viver e influenciaram também o modo como edificou o seu Paço em Guimarães. É pelo ano de 1442 que o seu irmão, D. Pedro, na altura Regente, lhe concede o título de Duque de Bragança, dando-se deste modo origem a uma das mais ricas e poderosas casas senhoriais da Península Ibérica – a Casa de Bragança. Após a morte de D. Afonso (1461), a duquesa viúva continuou a residir no Paço, até falecer em 1480, rezando a tradição que aqui criou um espaço destinado ao acolhimento de doentes e pessoas necessitadas. Julga-se que durante a centúria de Quinhentos o Paço ainda foi utilizado como residência dos Duques de Bragança, tendo depois, paulatinamente, entrado numa fase de abandono e consequente ruína. Prova desse abandono é a autorização dada, em 1666, aos monges capuchos de Guimarães para dele retirarem pedra para a construção do seu convento. No século XIX, por altura das invasões francesas, o Paço foi adaptado a Quartel Militar. E, no século seguinte, em pleno regime do Estado Novo, o Paço dos Duques é reconstruído, numa obra que inicialmente esteve a cargo do Arquiteto Rogério de Azevedo. Esta intervenção decorreu entre 1937 e 1959, tendo sido inaugurado a 25 de Junho de 1959, ano em que passou a ser Residência Oficial do Presidente da República no Norte do País.
 

Monte de Santa Luzia,

No alto do Monte que emoldura Viana do Castelo ergue-se o Templo-Monumento de Santa Luzia, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Visível a quilómetros de distância, como que a dar as boas vindas a quem entra na cidade, o templo monumento coroa a Princesa do Lima. Quem escolhe subir o monte até ao templo recebe em troca um panorama arrebatador, onde o bucólico e verdejante vale se funde com a modernidade e o urbano da cidade, tudo acompanhado pelo vagar do rio Lima que desagua no Atlântico, onde quase conseguimos ainda ver as Caravelas que um dia partiram para os Descobrimentos – tudo num só local, tudo numa só vista. O sublime da natureza alia-se ao engenho humano, com o Templo-Monumento a glorificar o nome de Santa Luzia, advogada da vista e que mereceu o agradecimento do Capitão de Cavalaria Luís de Andrade e Sousa, depois de ter sido acometido de uma grave oftalmia. Na extinta capela de Santa Luzia, Andrade e Sousa pede à Santa que o ajude e, depois de recuperado, agradece-lhe, instituindo em Viana do Castelo a Confraria de Santa Luzia. Para quem visita a cidade ou para os seus habitantes, subir o monte de Santa Luzia é sinal de uma experiência diferente e que deixará uma doce recordação da cidade. A somar à imponente obra eclesiástica, pode ainda passear pelo recatado jardim das Tílias, fazer um pick-nick no parque das merendas, e ainda subir ao zimbório, onde desfrutará de uma vista 360º.
PICO DE REGALADOS Previsão Metereológica